Há muito não concordava em gênero, número e grau, isto é, com a p*rra toda que o João Garcez categoricamente escreve no Melhor Blog de Torcidas da Globo.Com. E isso era motivo de tristeza para mim, que tanto admiro este meu intrépido amigo, venerável tricolor e ferrenho protetor das gatinhas abandonadas da Zona Sul. É porque sendo tão vasto o campo das idéias, a coincidência destas se torna exceção, em vez de regra.
Mas esta sua inspirada crônica de hoje não só alinha nossos pensamentos, como também ombreia com a verdade, de tanto desta se aproximar.
O fato é que, ontem, Muricy Ramalho, esse fucking MR fake, nada fez para que o Fluminense, mesmo jogando em casa e com o jogo à feição, conquistasse três preciosíssimos pontos em cima de um Barcelona que veio com o único intuito de empatar com o líder do campeonato, sob a batuta do mestre da retranca e do antijogo, Felipe Scolari.
Pelo contrário, jogando dentro ou fora de casa, Muricy segue religiosamente sua cartilha de uma letra só, a D, de DEFENDER. Para ele, defender é um fim supremo, e vencer não passa de um efeito colateral desejado, mas não procurado. Porque quem primeiramente procura defender, almeja quando muito, empatar. E tem mais: para Muricy, não basta jogar feio, tem que jogar burro.
Eis ao que me obriga Muricy: numa língua tão bela e de vastos recursos como o português, sou instado a adverbializar substantivos, para descrever a maneira de jogar dos times que ele treina: o Fluminense joga burro!
E para jogar burro, Muricy (inteligentemente, por sinal) escala os experts:
FERNANDO HENRIQUE – ter o polegar oponível aos demais dedos, em seu caso, nada significa; o fato de FH ter mais de dois metros de envergadura também não; porque esse FDP de goleiro não agarra a bola nem sai do gol, ainda que seja ordenado por uma bula papal.
THIAGUINHO – feio daquele jeito, só pode mesmo jogar burro.
DIOGO – deve nos poupar de sua burrice nos próximos jogos, porque rachou a ferradura. Ele agora vai se juntar, no departamento médico-veterinario tricolor, a outro ferradurofraturado, Diguinho Baronetti.
JULIO CESAR – é bom de bola, porém, medroso. Receia ir ao senado, quero dizer, à linha de fundo e ser, pelas costas, apunhalado. Só que, se ele não fizer isso, o Washington não servirá de nada. Concluímos, pois, que o medo é uma espécie de burrice.
At last, quero mandar o técnico do Fluminense, com todo o meu amor e carinho:
VA FANCULO, MURICY!!!
:P
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